Hoje acordei e tudo a minha volta tinha mudado, estava tudo errado. Eu já não era a mesma pessoa de ontem… algo havia mudado dentro de mim, havia um vazio uma frustração tremenda que tomava conta de mim. Meu sorriso tinha desaparecido, minha energia havia se esgotado, levantei-me, olhei o espelho e aquela imagem era eu, mas sem brilho, não poderia viver assim… antes morrer!!!
Há tantas formas de viver, mas eu quero viver do meu modo: viver de acordo com a minha razão, sem ser guiada pelo exemplo alheio nem dependente da opiniões dos outros… isso para mim é viver e porque não posso viver assim? Porque tem de vir sempre alguém dizer o que tenho de fazer? Porque tenho de viver para os outros e não para mim?
Eu quero fazer as minhas coisas, e eles fazem as deles… Não estou neste mundo para viver de acordo com as expectativas dos outros, e estes não estão neste mundo para viver de acordo com as minhas.
Quero Frequentar a sociedade, ter convivência.
Não quero viver a vida só trabalhando, sem diversão, mas também não quero viver como se nunca tivesse vivido, ver a vida a passar e não fazer nada, mas é assim que eu me sinto. A vida escapa-me entre os dedos como uns grãos de areia, e eu não consigo fazer nada para a deter. Sinto-me prisioneira da minha própria vida.
Um dia quero olhar para traz e quero ver que eu vivi, vivi plenamente, que amei, e fui amada, que ajudei e fui ajudada que gozei e desfrutei.
Não quero viver ao acaso.
Quero viver o que tiver para viver e não viver o que querem que eu viva. Estou cansada de viver a sombra de alguém, será que não vêem que não me estão a ajudar?
Como posso dizer e como posso viver se desde pequena ouvia dizer: -“Não podes fazer isto e aquilo. Não é Não!!! Foram tantos os “Não”, que ate hoje nunca cheguei a perceber, para que? Será educação ou apenas “recrutamento” para criar adultos inconscientes, com medo de errar, de falhar ou de ser rejeitado?
Para muitos viver é: nascer, estudar, “ser alguém” , casar, ter filhos, netos, envelhecer e morrer. Isto é Uma vida de Obrigação….as vezes perguntam-me se quero um dia ter filhos, digo que não sei, que não pretendo ter. Dai, não satisfeitos pois, claro, estou revelando-me contra “as regras”, dizem que no momento certo o sentimento maternal era despertar em mim.
Porque temos de viver todos na Hipocrisia? Será que temos de ser hipócritas para viver? Eu não quero ser hipócrita!!!
Não vivemos pelos outros. Vivemos para nós , por nossas paixões pelo que acreditamos, se não fosse por isso porque teríamos vontade própria ou razão? Quando decidimos dividir nossa vida com alguém é, e tem de ser, por vontade própria… pela nossa felicidade e não pela felicidade do outro apenas…. Ou vamos nos contentar simplesmente porque o outro ama-nos loucamente, e nos. Não nascemos para sermos assim, não temos de ser tão bons, quando é nossa felicidade, nossa vida que esta em causa.
Sociedade, existe dois tipos de socialização. A socialização por interesse e a socialização por prazer, a “amizade”. Eu não tenho o menor interesse em tentar ser simpática, e quando encontro-me entre eventos sociais, tenho desprezo pelas conquistas geradas por pura “politiquice” e mérito é zero, ou quase zero. . Isso incomoda-me, e muito. Conviver é um facto, é bom, importante, natural e deve acontecer, afinal vivemos numa sociedade. E não saber conviver já é um problema chamado neurose. Eu não tenho de ser outra pessoa só para agradar e me sentir parte integrada na sociedade.
Quero e prefiro ser eu mesma e quem gostar de mim terá de gostar do que eu sou e não o que querem que eu seja. Prefiro conservar meus ideais, respeitar a opinião alheia, ser obrigada e reciprocamente respeitada, fazer amigos de forma natural, poder sair e divertir-me, vestir-me como me sentir bem, aceitar quem é diferente…. Enfim, um ensinamento tão básico e simples: Não fazer ao próximo o que não queremos que nos faça!
Será complicado as pessoas entenderem isto?
Seria capaz de escrever muito mais sobre o que para mim é viver, mesmo que eu não tenha vivido muito, mas viver não se contabilizada pelo número de anos mas pela constante reflexão da vida. Concluindo eu vivi e quero viver para mim, para me satisfazer, ser feliz e estar aberta a o desconhecido, ao diferente, sem julgamentos ou preconceitos, em contrapartida admirando e observando o jeito que cada um faz além de simplesmente existir…
Ama pois acredito que o desaproveitamento da vida, está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na cuidado egoísta que temos em não arriscar, para evitar o sofrimento, mas o que evitamos para além do sofrimento é também a nossa felicidade. A dor é inevitável, mas o sofrimento poderá ser opcional.
A vida é demasiado curta e, portanto, não deve ser nula. Liberta-te dos pudores…
1 comentários:
gostei do que li.
o texto ta muito bem escrito ta bem construtivo.
tens muito jeito para a escrita.
parabens ta mesmo muito bom.
Enviar um comentário