domingo, 29 de agosto de 2010

Capitulo IV (Continuação-[1])

Ana Sofia vai o quarto e fica espantada com o estado em que se encontrava, a cama estava desfeita havia roupa espalhada por todo o lado parecia que tinha passado por lá um tornado, ou algo parecido.
- Se fosse só a cozinha, vem ver este quarto. Ainda tens roupa lavada?
- Tantas perguntas! Estava eu tão quietinha na paz de espírito assistindo o meu filmezinho e agora chegam-me estes aqui a fazer fiscalização a casa, não há quem aguente. – Dizendo isto ainda sentado no sofá, pegando no comando e ligando a TV, para continuar a assistir o filme, deixou-se ficar enquanto seus irmãos remexiam todos os cantinhos da casa.
Diana depois do quarto veio para a sala, fez uma careta quando passou a mão sobre o móvel e retirou uma camada grossa de pó.
Carolina continuava sentada no sofá e pelo barulho que vinha do quarto a sua irmã estaria a remexer o guarda-roupa. Rodrigo veio sentar-se ao seu lado, tirando-lhe o comando das mãos e desligou a televisão.
- O que se passa contigo mana? Nem parecesses a mesma! – Olhando-a com uma cara de espanto. – Há quanto tempo não tomas banho? Estás com um péssimo aspecto.
- Estou assim tão mal? – Olhando-se ao espelho que se encontrava na sala, carolina passa as mãos pelo rosto.
- Mana deixa-me dizer-te, tens umas olheiras que assusta qualquer um, o teu cabelo parece que já não vê uma escova a dias e esse pijama… está todo amarrotado.
- Olha a minha aparência, corresponde ao meu estado de espírito. Uma desgraça!
- Então vamos colocar esse estado de espírito em alta, vai tomar um banho e veste uma roupa bem sexy, já te disse estamos atrasados.
- Mano, desculpa mas não me apetece sair. Só quero ficar aqui sozinha.
– Lá está tu sempre casmurra, vais te arranjar á bem ou á mal que hoje é um dia especial e não o vais querer estragar, Pois não!?
- Especial, porque?
- Não vez? Estamos os quatro juntos e nem sempre temos oportunidades como está, por isso, devemos aproveitar, anda! Despacha-te!
- Mas eu só quero estar sozinha!
- Solidão? Nem penses nisso! Até consegui, arrancar a Ana Sofia de casa, o Samuel nem reclamou, ficou com as crianças.

Capitulo IV

Um dia Diana e suas amigas aparecem de repente em casa de Carolina irmã de Diana e levam-na a jantar fora. No meio da conversa contaram-lhe que Eduardo, o ex-namorado que a traiu inúmeras vezes, finalmente parecia ter tomado juízo e que iria casar, apesar de ser traída por Eduardo, Carolina ainda sentia-se muito atraída e apaixonada por este homem que sempre lhe fora infiel só ela é que não conseguia ver isso, Carolina acreditava que um dia Eduardo iria mudar e reconhecer que ainda a amava, mas a verdade é que Eduardo mudou mas não por ela, foi por uma outra mulher e isso fez com que Carolina sentir-se inferir e usada por Eduardo. Acabaram o jantar Carolina voltou para casa e lá ficou dias e dias a pensar num amor não correspondido

Já eram seis horas da tarde, as pessoas, úteis na vida, estão a sair dos seus empregos. O que queria dizer que a qualquer momento o telefone iria tocar, isto porque Diana ligava sempre para saber como estava a sua irmã. Assim sendo Carolina já sabia que pela aquelas horas o telefona tocava.

- Vou buscar o telefone para perto de mim, sempre evito levantar-me quando ele toca. - Disse ela num tom de voz triste.

Nesse tarde a Diana não ligou, Carolina continuava na cama vendo TV, na companhia das suas gatas a Kika e Bia. Já se fazia tarde, eram oito horas, lá fora o dia estava a desaparecer e a noite já se fazia notar. Carolina já estava a magicar o que seria o seu jantar, o mais provável seria algo rápido, não tinha vontade para cozinhar e além disso, andava sem apetite e por isso não se estava a alimentar como devia. Entretanto ouve a campainha, Carolina baixou o som da televisão e fez de conta que não estava em casa, mas quem estava a porta não desistia, o som da campainha ainda se fazia ouvir, Carolina já estava a ficar sem paciência.

- Bolas, mas que persistência! Depois houvesse vozes do outro lado da porta.

- Abre a porta Carolina! Sabemos que estás aí.

-Ana Sofia? Por está é que não estava a espera. Mas quem estará mais na porta? Bem o melhor é mesmo abrir. – Carolina de pijama e desgrenhada vai abrir a porta e deparasse com o trio, os seus três irmãos todos bem arrumados, passaram por lá para irem todos juntos jantar fora como a muito não faziam, mas antes de dizerem seja o que fosse invadiram a casa e sentaram-se.

- Lindo serviço! De pijama a estas horas? - Ana Sofia olhou a sua irmã com um ar crítico.

- Vai te arrumar que já estamos em cima de horas? -Disse o seu irmão Rodrigo, servindo-se de um copo de uísque.

- Espera…chegam aqui invadem minha casa e dizem-me que já estamos atrasados! Desculpem mas esta algo a escapar-me, alguém importa-se de me explicar, se faz favor?

Rodrigo deu uma vista de olhos aos trajes em que sua irmã se apresentava e curioso pergunta:

- Ouve lá, explica-me uma coisa, ias já para a cama ou acabaste de levantar-te?

Entretanto Diana entra na cozinha e soltou um grito.

- O que é isto? Há quantos dias não lavas a louça? – Carolina olhando para a janela da sala, murmurou:

- Prepara-te que vais ouvir "bronca" - dizendo isso deixa-se cair sobre o sofá.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Capitulo III (Continuação-[4])

Encerraram aquela conversa, pelo menos por agora. Ângelo vai ao bar buscar uma bebida para aquecer aquela noite, aquele momento, e ficaram a conversa na companhia de um uísque, Diana era muito curiosa e queria saber mais coisas sobre a vida de Ângelo e da sua família, visto que ainda não sabia muito sobre ele porque quando estavam juntos ela entusiasmava-se e falava tanto que ele nem conseguia falar muito porque ficava observando-a. Foi ai que Ângelo começou a falar dos seus pais e da sua irmã.
- Meu pai chama-se Miguel Ângelo, minha mãe Maria Luísa e tenho uma irmã mais nova a Heloísa.
- Que idade tem a tua irmã?
– Ela agora tem vinte e dois, esta estudando na universidade de Coimbra, quer ser arquitecta, sempre teve muito gosto por arquitectura.
Dizendo isto, os olhos de Ângelo encheram-se de água e ele ficou uns segundos em silêncio.
– Já tenho muitas saudades daquela louquinha, tenho a certeza que quando ela te conhecer vai gostar muito de ti, acho que vocês as duas são um pouco parecidas no feitio.
- Parecidas? Disse a Diana prestando muita atenção ao que seu amor lhe contava.
- Olha minha irmã…não sei como te explicar ela pode não estar bem mas sabe disfarçar, mostra ser uma pessoa forte e guarda tudo para ela…é muito orgulhosa, não gosta que se interfiram nas suas decisões, têm uma personalidade forte, gosta de ser independente. É assim como tu. - Sorriram os dois, entretanto Diana pergunta como são os seus pais.
- Olha meus pais nem sei como te dizer, o senhor Miguel Ângelo e aquele tipo de homem com uma personalidade forte, é uma pessoa difícil de lidar, mas têm um coração mole, do tamanho do mundo. Ele é um lutador, começou do zero e hoje têm tudo o que sonhou conquistar, é respeitado e conhecido pelo seu trabalho árduo, posso dizer que é um exemplo para mim e que aprendi muito com meu pai. Bem agora a minha mãe – um pouco pensativo diz – minha mãe é uma querida não há ninguém que me conheça tão bem como ela quando estou em baixo e preciso de falar minha mãe é a primeira a perceber que não estou bem, pergunta-me logo o que se passa, posso ate lhe dizer que estou bem mas ela com seu jeitinho acaba por me dar o maior conforto e aquela palavra que presidamos de ouvir, não sei talvez por instinto nossas mães acabam por sentir o que sentimos. É muito dedicada a família, gosta de ver a família toda junta é uma pessoa extremamente amável. Quando os conheceres vais ver que não são pessoas do outro mundo, são extremamente amáveis, vais gostar deles e acredita que também vão gostar muito de ti. Dizendo isto Ângelo olha-lhe nos olhos, passa a mão suavemente pelo seu rosto e beija-a depois abraçam-se.
Diana ouvindo-o sente uma enorme saudade de sua mãe e sente uma dor tão grande que chegam-lhe as lágrimas aos olhos, ela já não sabia o que era ter um conforto de uma mãe porque perdeu a sua quando era tão pequenina, mal consegue se lembrar do rosto de sua mãe e de sua voz doce.
Depois Ângelo deparado com a emoção de Diana calou-se e deu-lhe um abraso forte onde ficaram durante uns minutos, seguidamente foram trocando carícias e subiram até o quarto, aquela noite foi uma noite marcante para os dois era a primeira de muitas em casa do Ângelo, muito parecida com a primeira noite em casa de Diana.

Capitulo III (Continuação-[3])

- Peço desculpa mas quando começo a falar das coisas da vida e dos seus sentidos, acabo por perder a noção, isto é coloco em prática a minha veia filosófica. Acabando de dizer isso olhou para Ângelo e começou a rir e assim ficaram os dois a gargalhada seguidamente chegou a vez de ser Ângelo a dar sua opinião, sobre o assunto.
- Não tens que pedir desculpa, gosto quando te entusiasmas com a conversa, noto pelo teu olhar o quanto sentes e acreditas em tudo o que dizes, porquê falas com uma grande convicção, assim acabas por cativar todos aqueles que te estão a ouvir e é isso um dos factores que mais me cativa em ti, porque és alguém que sente o que diz e diz o que sente, e não existe muitas pessoas assim como tu. Ângelo afinal de contas também era alguém que gostava de falar, só que ficava todo impressionado com as palavras de Diana que nem conseguia pensar direito, ouvia-a com muita atenção e olhava-a muito fixamente. A Diana também ali tão concentrada em deitar cá para fora tudo o que seu coração lhe dizia, olhava para todos os cantos enquanto falava, tinha uma maneira muito própria de ser, centralizada no que falava mas juntamente com um ar descontraído e muito motivante, era uma pessoa difícil de se saber o que prensava mas uma doce pessoa, extremamente divertida e dava-se com toda a gente não fazia distinção entre classes sociais, ou mesmo cor.
O tempo foi passando e quando deram por si já se fazia muito tarde, então Diana olhou o relógio e com um ar de espanto desse:
- Meu Deus! Já olhaste as horas? Quando começo a falar perco a noção do tempo. Ângelo naquele momento desprende uma gargalhada, Diana com um ar de espanto perguntou-lhe porque estava a escarnecer, se tinha dito algum disparate.
- Não, não! Nada disso! Só me estava a rir do teu ar atrapalhado, ficas linda...
- Então que dizer que estas a rir da minha feição?
- Se assim o quiseres …sim …sim estava a rir-me da tua figura atrapalhada mais sempre linda. Aproxima-se dela e dá-lhe um doce beijo como um pedido de desculpa, Diana responde o beijo e também desatou a gargalhadas, assim ficaram juntinhos, mais um pouco no sofá, Diana levanta-se, mas sem o aprovação de Ângelo por ele ficavam ali a noite toda agarradinho e a conversar, mas Diana estava decidida a ir-se embora.
- Bem já se faz tarde e tenho mesmo de ir, desculpa não é que não queira ficar mas tenho mesmo de ir descansar, e já me ia esquecendo e quanto ao nosso assunto da hora de jantar, posso sempre contar contigo?
- Então, claro que sim, já vou tratar de arranjar os equipamentos que faltam e logo que possa começo a formação, é só combinarmos o melhor horário.
- Não sei como te agradecer! - Disse ela feliz e mais aliviada, já tinha menos um problema, para resolver.
- Mas eu sei - disse ele com um ar maroto e sorridente – Passando cá a noite comigo, bem agarradinha a mim, o que me dizes? – Está bem convenceste-me, já esta muito tarde e também adoro a tua companhia, eu fico mas com uma condição. Amanhã tenho que ir trabalhar bem sedo não posso chegar atrasada.
- Ângelo já estava ficando entusiasmado com a ideia de puder ajudar aqueles jovens e crianças, ele nunca tinha feito voluntariado na vida, ai estava uma boa oportunidade para o fazer e ainda para mais iria estar junto de Diana, e só isso já valia a pena, ele faz tudo para a ver feliz, e aproveita todos os momentos que tem para estar com ela.

Capitulo III (Continuação-[2])

- Desculpa por me por com rodeios mas entende, eu não sabia como te pedir não queria que pensasses que só estou contigo por interesse.
-Eu sei que não e também já reparei o quanto essas crianças são importantes para ti e não me importo nada de as ajudar, asseriu, não precisas de ficar constrangida, eu estou aqui contigo porque quero estar, tu fazes-me bem, sinto-me muito bem quando estou contigo. Ângelo falava-lhe com um ar tão sincero olhando-a nos olhos, agarrando nas mãos frágeis e delicadas de Diana, voltou á repetir mas neste momento acariciando seu rosto.
-Tu és muito importante para mim, este certo que nos conhecemos a pouco tempo mas, desde o momento que nos cruzamos, senti que eras a tal, a mulher que queria passar o resto dos meus dias, não sei isto é estranho. Como podemos apaixonamo-nos por alguém que acabamos de conhecer? Diana olhando-o também com um ar sereno e profundo, sentido cada palavra de Ângelo, aproximou-se dele sorrindo e disse:
- Não digas mais nada eu também senti o mesmo, nunca tinha sentido tanta afinidade por ninguém, esta certo não é habitual acontecer estas coisas mas acabam por acontecer, ouve algo que nos cativou a atenção um no outro e com o passar do tempo vimos que havia uma forte afinidade entre nos, pelo menus connosco resultou, pelo facto de não resultar com muitas pessoas não que dizer que a nossa relação tenha o mesmo termo, que essas relações que não deram Certo. Acabando o assunto e o jantar eles vão ate a sala onde tomaram um café. Ângelo ainda pensativo sobre o assunto, com um ar de curiosidade e um sorriso um pouco indiscreto questiona-a:
-Voltando ao mesmo assunto. Fiquei curioso, tu acreditas no amor a primeira vista?
-Diana pausando a chávena de café sobre o pires faz uma paradinha e mostra um sorriso dizendo:
- É como te disse, eu não acredito em amor a primeira vista, na minha opinião só conseguimos amar alguém quando a vamos conhecendo, sendo assim não acredito que possamos amar alguém que acabamos de conhecer, isto é, alguém que não se conhece. Diana não fazia ideia se Ângelo estava a perceber a sua opinião sobre a questão, então interfere seu raciocínio e pergunta-lhe se esta a perceber sua ideia, Ângelo atento responde que sim e pede-lhe para prosseguir. – Então como estava a dizer, no nosso caso e em todos os outros acho que sim existe uma atracção…. Há uma energia boa, assim as coisas vão desenvolvendo, mas nem todos dão certo, isto porque para haver uma relação não é só através de uma energia boa, também tem de haver conhecimento mútuo, uma grande afinidade e acima de tudo isto, confiança mútua e estes factores só conseguimos adquirir com o tempo, também sendo nós mesmos e através de muita conversa. Àquelas relações que prolongam-se como a nossa, a qual muitos dão o nome de amor a primeira vista, na minha opinião não é nada disso, amor a primeira vista para mim não existe, simplesmente existe uma grande atracção que pode ou não prolongar-se e assim dando a origem ao amor em alguns casos, felizmente o nosso caso foi um desses casos que deu certo nossa empatia foi mútua e temos muito para dar um ao outro e por isso ainda estamos aqui, juntinhos e felizes. Após ter concluído sua resposta perante a questão feita por Ângelo, Diana fica calada e acabam por ficar os dois calados durante uns segundos, Ângelo estava impressionado como Diana se deixava levar por este tipo de conversas, como tinha sempre uma perspectiva sobre as coisas, após á ouvir ficava sempre a questionar-se como era que ela conseguia ter sempre uma opinião formada sobre tudo e como tinha tais pontos de vista. Entretanto Diana mantinha-se calada e com uma cara de espanto entretanto terminando o seu café e colocando o pires sobre a mesa da sala de estar, interrompe aquele silêncio:

Capitulo III (Continuação-[1])

- Deixa estar, não faz mal. Vamos jantar? Já está pronto.
Dirigindo-se a sala de jantar, Diana ainda muito calada e um pouco atrapalhada tenta inverter a situação, arrisca pensar num assunto para conversarem.
Durante o jantar estavam ainda muito calados, nesse caso, Diana falou apaixonadamente de um projecto que estava a trabalhar e que dentro de uns dias iria coloca-lo em prática, mas para isso gostava que Ângelo estivesse ao seu lado, necessitava de sua ajuda, então ganhou coragem e começou a falar.
- Sabes, faço voluntariado num centro de crianças portadoras de deficiências motoras, somos poucos mas tentamos dar alguma felicidade e conforto aquelas crianças e como estamos na hera da Informática queríamos dar a essas crianças a oportunidades de poderem trabalhar com computadores, o problema é mesmo os fundos financeiros, já estamos a trabalhar neste projecto a algum tempo mas não esta fácil comprar o equipamento necessário. Interferindo Ângelo questiona:
- Linda, claro que te posso ajudar. Posso fornecer alguns fundos financeiros, oferecer alguns equipamentos informáticos, qualquer coisa minha princesa, eu só te quero ver feliz e se isso te faz feliz, então farei isso por ti, claro e por essas crianças que são tal igual a nos simplesmente necessitam de mais atenção e são sempre descriminadas e olhadas de lado, o povo apesar de mostrar que esta a evoluir ainda tem muitos preconceitos a nossa sociedade para algumas coisas mostra alguma evolução mas em outras ainda podemos dizer que têm um longo caminho pela frente.
- Tens toda a razão e fico feliz por pensares assim, mas voltando ao assunto destas crianças. O que te posso dizer mais? Bem já há alguns equipamentos mas ainda não são suficientes, mas eu estive a pensar e espero que não te importes. Dizendo isto, Diana começou a ter dificuldades em se expressar, por outras palavras, ela não sabia como lhe fazer um outro pedido, eles não mantinham esta relação assim á muito tempo e Diana já vinha pedindo alguns favores e por isso, ela sentia-se não muito cómoda ao fazer um outro pedido mas, Ângelo que já a conhecia minimamente sentiu que se passava algo e para a deixar mais aconchegada interferiu. – Linda não tenhas medo em falar, diz lá o que se passa? Eu não me importo em te ajudar já te disse isso e volto a dizer, eu só quero o teu bem, só te quero ver feliz.
- Eu sei mas….tu sabes nós estamos a namorar á tão pouco tempo, ainda estamos a nos conhecer e eu já te estou a fazer uma data de pedidos.
- Então, para com esses rodeios e vai directa ao assunto, eu sei que tens algo nessa cabecinha que te esta a incomodar, diz lá o que se passa? Se não me dizes dificilmente poderei ajudar. Então?
-Esta bem aqui vai, mas antes de falar quero que saibas se não puderes eu entendo e para além disso já me estas a apoiar muito….é assim, como estas ligado a informática, tens mais um à-vontade com as máquinas do que eu….e então …
- Então o que, diz lá? Interfere o Ângelo já ansioso por saber o que tanto queria Diana, então abordando o momento mais esperado Diana num tom de voz mais acelerado pede-lhe o tal favor:
- Queria pedir-te para dares formação aquelas crianças, o que dizes?
– Já te disse…faço o que quiseres, só que não posso dar formação todos os dias da semana, é chato eu sei mas já sabes como é minha vida. Desse-lhe com uma cara de desilusão, por não poder ser todos os dias. – Não faz mal, eu entendo, se puderes duas vezes por semana para mim já é óptimo, obrigado, o que seria de mim sem ti? – Disse ela contentíssima e abraçando-o e depois beijo-o.

Capitulo III

Diana preparava-se para ir jantar ao apartamento do Ângelo, até já estava uma pouca atrasada.
- Não tarda muito Ângelo chega e eu ainda assim, o Meu Deus! – Disse ela num tom de aflição.
Quando de repente ouve uma buzina, vai a janela e lá estava Ângelo a espera no jardim, e ela ainda não estava pronta, entretanto pede-lhe para subir.
- Desculpa mas a audiência demorou e na vinda para casa apanhei um acidente na estrada.
- Não faz mal, entendo infelizmente os acidentes na auto-estrada tem vindo aumentar.
-Fica a vontade serve-te se quiseres, vou acabar de me arrumar, também não falta muito.
Passados uns dez minutos a Diana aparece para Ângelo, trazendo um vestido vermelho vivo em seda, curto com um decote um pouco indiscreto, o cabelo ondulado um pouco apanhado, perfumada e com um ar tão sedutor que Ângelo nem sabia o que dizer simplesmente disse:
- Estas lindíssima…és linda, mas esse vestido fica-te lindamente!
- Obrigada!
Dizendo isso Diana corou, olhando-o disse com um sorriso:
-Pará lá com isso, já estou á ficar sem jeito, vamos?
- Claro minha princesa faça favor. - Ângelo faz um sorriso juntamente com uma vénia e abre a porta – Senhoras primeiro.
- Que gentileza, meu caro senhor! - E assim saem sorrindo, lá foram os dois muito felizes ate o carro, chegando porto do carro Ângelo avança mais rapidamente, abre a porta para a Diana entrar, como um verdadeira cavalheiro faz.
Chegando ao apartamento, Ângelo mostra-o, Diana ficou apaixonadamente maravilhada, era um apartamento luxuoso, espaçoso e tinha uma grande vista sobre a cidade, era verdadeiramente romântico ver o por do sol naquela paisagem admirável, depois de conhecer a sala, Ângelo quis mostrar o seu quarto, era muito grande, na parede encontravam-se grandes fotografias dele em poses de cortar a respiração, e a sua cama era do tamanho XXL, grandíssima, parecia ser confortável e macia, o seu quarto era uma misto de preto e vermelho, Diana gostou sinceramente do apartamento de Angelo.
A sua casa também é muito grande e luxuosa mas Diana não é muito dada a luxo, é mais simples, procura é o conforto. Da sua casa também tem uma grande vista sobre o jardim e a piscina mas nada comparada com a vista do apartamento do Ângelo, sob a cidade. Ela não escondia o seu encanto, pelo espaço, ambiente, decoração e principalmente pelo conforto.
Diana ainda vagueando pelo apartamento olhando a todos os pormenores enquanto Ângelo se dirigiu a cozinha para saber como estavam a correr os preparativos do jantar, nesse instante Diana encontra uma fotografia de Ângelo acompanhado por uma linda jovem e falando num tom de voz baixinho questiona-se:
-Quem será, uma antiga namorada? Parecem muito felizes.
De longe Ângelo observando sua beleza, aproxima-se sorriu e disse: - não é nada do que estas a pensar essa rapariga que vez na foto é minha irmã, foi a algum tempo atrás quando fomos os dois a Grécia, com meus pais. Diana sente-se envergonhada por ter pensado que seria uma antiga namorada e pede-lhe desculpa pela intromissão, por ter tocado nas suas coisas, entretanto Ângelo interfere.

Capitulo II (Continuação-[3])

Para ser esta grande advogada dedicou-se de corpo e alma a sua profissão e assim os anos foram passando e hoje com vinte e oito anos de idade encontrou o homem da sua vida, Ângelo Montês. Este entra de uma forma estranha na sua vida, mas ela soube que era o homem certo, nem a lembrança do sei pai, a sobra do seu passado, as feridas que estavam por sarar, conseguiram fazer com que se afasta-se de Ângelo como fez com todos os outros homens que se aproximavam dela, sentia algo tão forte e profundo que desprendeu-se do passado para viver aquele momento com mais intensidade, neste momento Diana sentia-se segura e amada e do mesmo modo estava também a viver emoções novas.
Diana conseguia afastar sempre os homens que se cruzavam com ela, era uma pessoa extremamente dedicada ao trabalho e de certo modo isso ajudava-a a manter a cabeça ocupada, mas hoje nem o trabalho nem nada faz com que ela deixe de pensar no Ângelo. Entre Diana e Ângelo nota-se uma ligação muito forte.
A vida estava a dar uma grande oportunidade a estes dois jovens. Um grande momento a que todos nos gostaríamos de ter possibilidade de usufruir, não há ninguém que não tenha esse grande sonho de um dia poder ter a possibilidade de amar e de ser amado.
A vida tinha sido demasiada madrasta para esta jovem que começou a sofrer desde muito cedo, ainda era uma criança, aqueles que tentavam se aproximar dela não faziam a mínima ideia que ela era uma jovem cheia de medos, as sombras do passado lhe dificultavam a vida e não a deixavam ser feliz. Diana apesar de mostrar ser uma pessoa forte e firme, por detrás daquele disfarce havia uma pessoa frágil e insegura, com medo de apostar mais na sua felicidade, ela tinha medo de amar como sua mãe amou e acabar sofrendo como ela sofreu. A força do amor vence sempre, até as feridas mais profundas, o amor é superior a tudo e Diana preocupava-se muito com o futuro que ainda é inserto e estava presa ao passado de um certo modo que se esqueceu de viver e do sentido da vida.
Depois de reflectir e de constatar que estava muito presa a forma como poderia terminar sua vida, pode ver que não estava a vive-la, portanto agora sente-se capaz de correr esse risco, afinal de contas vidas só temos umas e não iria agora deixar de viver, para ocupar o tempo a pensar em coisas desnecessárias, ela sabe que um dia tem de morrer, não vale a pena pensar muito no assunto, então sente que está no momento de seguir com sua vida, já perdeu muito tempo a partir de hoje é uma nova mulher, vai aprender a arriscar, a simplificar os problemas, e não vai pensar muito no futuro que depende do presente e o presente pode ser o que ela quiser e depende apelas dela. Diana continua com medo e cheia de incertezas, mas a vida é mesmo assim, cheia de incertezas e de medos. Estes sentimentos são sentimentos que nos acompanham a vida toda só temos é que saber lidar com eles, Diana agora já se sente preparada para o fazer, ela quer enfrentar seu medo e assim deixa-se levar pelo sentimento que sente em relação ao Ângelo.
Assim começa uma grande história de amor.

Capitulo II (Continuação-[2])

Levaram-na para o hospital. Foi acompanhada por um outro médico, o Dr. Leandro, este deveras mais competente, pelos sinais a vista, as suspeitas apontavam para leucemia e então o médico exíguo fazer análises de sangue, radiografias e análises a medula óssea imediatamente, e mais tarde as suspeitas confirmaram-se, tratava-se de leucemia que é uma doença grave caracterizada por anomalias das células sanguíneas. Levaram-na para os cuidados intensivos, Joana era uma lutadora lutou contra a doença o mais que pode. Já estava muito fraca, tinha febre e suores nocturnos, perdeu vontade de comer, e começou a emagrecer. Já se notava uma palidez no seu rosto, e apareceram-lhe nódoas negras nos braços e nas pernas, já se encontrava num estado debilitado, muito fraquinha.
Foi sujeita a tomar antibióticos, e outros medicamentos antileucémicos, á radioterapia, também foi feita uma transfusão de sangue e já se pensava em transplante da medula óssea, mas acabou por não resistir, a tragédia acabou por acontecer, um tempo depois quatro crianças tão pequenas ficaram órfãs de mãe, Joana acabou por falecer, quando foi hospitalizada já se encontrava muito doente, e os prognósticos nos adultos são mais lentos do que nas crianças, ela muito lutou contra a doença, acabando por falecer apenas com trinta e um anos de vida.
Joana já de muito nova deixou de comer para poder dar aos filhos e acabou por ir ficando muito fraca, as defesas do seu organismo foram diminuindo, e as infecções foram surgindo, para além das hemorragias abundantes ate os seus últimos dias, lutou contra a doença, durante quatro meses mas acabou por falecer assim deixando quatro crianças órfãs de mãe.
Durante muito tempo estas crianças estiveram com esperanças de que a mãe iria voltar. Afinal de contas não é fácil explicar a crianças tão pequenas que nunca mais voltaram a ver a mãe, que ela partiu. Estas pobres crianças cresceram já com o conhecimento do que é a dor de perder alguém, com saudade de quererem a mãe e não a puderem ter, com vontade de lhe dizer o quanto ela lhes faz falta e o quanto eles a amam. A mãe é aquela que nos entende, que nos ouve e que nos da bons conselhos, e estas crianças cresceram sem saber o que é ter uma mãe, ultrapassando assim as primeiras dificuldades da vida sozinhos sem referências nem amparo de uma mãe, só se tinham uns aos outros.
Diana nunca conseguiu perdoar o pai, para ela o facto de sua mãe ter chegado onde chegou só havia um culpado que era seu pai, se ele fosse menos irresponsável talvez hoje a sua mãe ainda estivesse viva.
Era esta recordação do passado que fazia com que Diana afasta-se os homens, ela nunca se conformou com o seu passado, não conseguia perdoar o seu pai pelo que tinha feito e deste modo afugentava todos os homens que lhe chegavam perto, sempre que algum homem tentava aproximar-se, ela afastava-se porque recordava-se do sofrimento da mãe, Diana não queria ter uma vida como a da sua mãe, uma vida triste, cheia de sofrimento, dor, curta nem ter o prazer de pode ver seus filhos crescer, formarem-se, namorar ou mesmo conhecer os seus netos.
Por isso, Diana decidiu lutar pelo seu futuro, para ser independente, hoje é uma grande Advogada Jurídica, é muito bem sucedida, entrou neste mundo ainda muito nova e hoje é umas das melhores advogadas do país, luta por causas nobres e pela justiça. Apesar do País ser, um País mais corrupto e cheio de crimes e de injustiças, ainda há quem zele pelo bem-estar, ainda há quem acredite que a justiça será feita.
Diana acredita que um dia iria haver justiça e luta para que assim seja, para aqueles que são culpados sejam punidos pelos seus crimes e para aqueles que são inocentes sejam inocentados, ela também acredita que o mundo seria muito melhor e mais equilibrado se ouve-se mais amor, mais união, para ela nada era mais importante que o amor, tudo na vida era construído com muito amor e a força do amor é superior a todas as outras forças do mal.

Capitulo II (Continuação-[1])

Diana não teve uma vida muito fácil, tinha um pai alcoólico e muito violento, acabando por ter uma infância difícil e dolorosa, esta referência do seu passado não a deixava ser completamente feliz, trazia consigo as recordações, as mágoas, as feridas do passado que ainda estavam por sarar.
Sofria silenciosamente ao ver seu pai completamente embriagado bater em sua mãe, ela e seus irmãos nada podiam fazer para ajudar.
Luís, pai de Diana pouco ou nada ajudava em casa, quando recebia o ordenado metia-se nas tabernas e gastava-o todo, a família estava passando fortes dificuldades económica, e foi essa a causa da morte da Joana, mãe de Diana, ela deixava de se alimentar para poder alimentar seus filhos. Acabou por desaparecer mais tarde.
Na altura que Diana perdeu sua mãe tinha apenas sete anitos. Sua irmã mais velha, Ana Sofia tinha dez, a Carolina oito e o Rodrigo tinha apenas seis anos, quatro crianças que conheceram a dor de perder alguém querido muito sedo. Custa muito perder alguém e estas podres crianças perderam a pessoa que mais amavam no mundo.
Tudo começa quando a Sr.ª Joana deixa de se alimentar por falta de dinheiro, seu marido não ajudava-a a alimentar seus filhos, gastava todo o dinheiro no álcool. Deste modo, Joana viu-se a fazer alguns sacrifícios para seus filhos não passar fome, chegou ao ponto de pedir comida para matar a fome dos seus filhos. Passado algum tempo, ela teve que ir ao centro de saúde pois tinha muitas dores no corpo.
A Dr.ª Gabriela, pergunta-lhe o que se passava, porque está ali. De imediato, Joana disse que já alguns dias que não se vinha a sentir muito bem, e que estava cada vez pior. Entretanto a Dr.ª Gabriela com cara de caso perguntou o que ela sentia, Joana lá disse o que sentia, e sem á examinar a Dr.ª, mandou-a embora proferindo que não era nada preocupante, simplesmente sugerindo algum descanso.
Passado uma semana, Joana volta a ir em encontro da sua medica de família, a Dr.ª Gabriela, isto porque as dores que sentia, pioravam de dia para dia, e queria saber o que se passava, para a Dr.ª era apenas cansaço, disse á Joana para trabalhar menos porque aqueles sintomas seriam consequências de trabalhar muito, por outras palavras as dores eram a consequências dos seus actos. Até que, na manhã seguinte Ana Sofia, já muito nervosa telefona aos bombeiros, dizendo que sua mãe estava muito doente, que tinha muitas dores e nem conseguia levantar da cama.
Coitadas daquelas crianças tão pequenas, sozinhas em casa, sem saber o que fazer. Diana tem sempre em sua memória às últimas falas pronunciadas, pela sua mãe quando os bombeiros ali chegaram “aí meus Deus! Meus filhos vão ficar sozinhos neste mundo”.

Capitulo II

Ângelo Montês era o tipo de rapaz que todas as mulheres sonhavam ter ao seu lado, solteiro com vinte e nove anos, pertencente a classe média tendo estudado nos melhores colégios, nunca teve dificuldades económicas na sua vida, tinha tudo o que queria, só não tinha muito tempo para se dedicar a vida amorosa, era um jovem muito estudioso e ambicioso. Montês licenciou-se em Informática, para seguir com os negócios da família.
Recentemente seu pai lhe dera o cargo da presidência da empresa da família, o que lhe exigia mais responsabilidade e para tal não poderia faltar um único dia, Ângelo já estava preparado para exercer aquele cargo, sempre foi um rapaz muito trabalhador, dedicado e esforçava-se muito, e para além disso já estava na altura de seu pai descansar, já era hora de parar de trabalhar, e se dedicar um pouco as cortesias da vida, tudo o que fez da vida foi trabalhar, para dar tudo do bom e do melhor a sua família e visto que sei esforço foi reconhecido e teve grande sucesso e tudo com muito trabalho e dedicação, então merecia agora descansar o resto de sua vida assim passando o seu património para seu filho a quem, durante anos explicou o verdadeiro sentido da vida e o sucesso para uma vida bem sucedida.
Ângelo agora tinha muito menos tempo para um possível romance, a presidência da impressa roubava-lhe muito tempo. Já era altura para encontrar alguém e construir a sua própria família, já que deixava essa condição para segundo plano e nunca se dedicava muito a vida amorosa, porque colocava sempre os negócios da família acima de tudo, Ângelo não pretendia desiludir o pai, quando se tornou presidente da EIG (Electroinformatigrama), achou que nada era mais importante do que nunca desiludir seu pai, assim deixando para trás seus planos.
Seu pai apesar de ser exigente com ele, sempre lhe disse que para ter sucesso na vida não é só trabalhando, para além de ser um homem honesto, trabalhador, cheio de objectivos profissionais, nunca deveria se esquecer do verdadeiro sentido da vida, que para seu pai seria encontrar alguém com quem partilhar suas vitorias e também seus fracassos, isto porque sempre lhe disse, que um homem só se sente capaz de tudo quando ama e sente que também é amado. Assim ele sentir-se-ia completamente realizado, não chegava ser um óptimo profissional, também era muito importante construir família, porque nada era mais importante que a família, que o amor.
Ângelo ouvia sempre seu pai mas neste momento só queria provar-lhe que aprenderá tudo o que lhe foi ensinado durante anos, mas estava esquecendo o mais importante, aquilo a que seu pai dava mais valor, o amor. Visto que Ângelo estava tão fixado em ser um bom profissional, a vida decidiu dar uma ajudinha, cruzando seus caminhos com os de Diana D’ Oliveira, que como ele era alguém que tentava viver a vida sem amor, está refugiava-se no trabalho tentando esquecer as marcas do passado, vivia o presente sempre em função do passado apesar de ser também uma óptima profissional nunca se sentia realizada, faltava-lhe sempre algo e não sabia ao certo o que era, foi ai que percebeu que talvez fosse a falta de amare de ser amada.

Capitulo I (Continuação-[2])

- Tens a certeza? – Perguntou-lhe baixinho, com uma vos muito doce.
Em resposta, Diana beija-o mais uma vez, numa entrega de corpo e alma. Ângelo começou a despir-lhe o vestido, ao mesmo tempo que beijava cada centímetro da sua pele. Diana olhando-o nos olhos também acariciava-lhe o seu tronco nu e atlectico, e assim deixaram-se levar pela madrugada fora.
As próximas noites seriam passadas com a mesma paixão durante meses e meses, entre lençóis desordenados, beijos quentes e um desejo que precisava de ser aplacado.
Fizeram amor várias vezes, descobriram os corpos, um do outro como dois jovens que descobrem o mundo, entregaram-se ao prazer a dois durante horas seguidas.
Numa dessas madrugadas, já exaustos Ângelo convidou-a a ir conhecer sua casa. Diana mostrando um sorriso, deitada sobre o peito de Ângelo, aceitou o convite. Após uns segundos de silêncio Diana olhou-o dizendo:
- Sabes…nunca pensei, me envolver com alguém assim desta forma tão estranha, sinto-me uma verdadeira adolescente.
- Claro, não deixa de ser estranho, mas foi engraçado, e não me arrependo de nada, também fiquei com a estranha sensação que já nos conhecíamos. Ângelo interrompendo-a com um beijo diz:
– Eu também não me arrependo e estou feliz por estar aqui contigo, dizendo isto Diana fecha os olhos estava muito cansada, Ângelo também estava muito cansado e acabaram por adormecer.
No dia seguinte Ângelo acorda mais sedo e faz uma surpresa a Diana.
- Bom dia minha linda, trago-te o pequeno-almoço, não é nada de especial foi o melhor que pude arranjar, espero que gostes do café bem forte.
- Bom dia, que lindo, é para mim? Olha…que vou ficar mal acostumada! – Disse ela espreguiçando-se ainda um pouco sonolenta, logo depois sentou-se e deu-lhe um beijo de bom dia, e assim ficaram algumas horas tomando o pequeno-almoço na cama e conversando.
- A Francisca ajudou-me a preparar o pequeno-almoço e deu-me algumas dicas. Dizendo isso acabaram por se rirem.
- A Francisca é uma crida, se não fosse ela não sei que seria de mim, tenho-a como uma mãe. Diana neste instante olha para o relógio o reparou que já estava a ficar atrasada.
- Bem vou tomar banho, já esta a ficar tarde e ainda quero passar pelo escritório antes de ir para o tribunal.
-Ó Meus Deus! Estou extremamente atrasado. Bem, minha linda, depois eu ligo-te logo, está bem? - Deu um beijo na testa e saindo apresado, ainda com algumas peças de roupa nas mãos, terminando de s vestir pelo caminho antes de chagar ao carro.
-Claro vai lá trabalhar até logo, bom trabalho adoro-te muito – disse ela aos gritos, indo em direcção a casa de banho.
Era segunda-feira e os dois já estavam atrasados para o trabalho, tinham ambos vidas muito atarefadas, e aproveitavam todos os momentos para estarem juntos e depois perdiam a noção do tempo.

Capitulo I (Continuação-[1])

E foi no carro, numa penumbra tão próxima daquela onde se haviam encontrado, que Ângelo e Diana se beijaram, primeiro timidamente, depois com o fôlego de quem sente que encontrou a sua metade.
Chegando a casa Diana ganhou coragem e pediu-o para subir com a desculpa de lhe mostrar sua casa e para poderem conversar mais um pouco.
– O que será que está a pensar de mim? - Pensou ela no momento em que estavam a entrar em casa. Já era muito tarde e os empregados já se tinham ido deitar. Admirando todos os cantinhos da casa Ângelo elogia-a.
- Deixa-me dizer que tens uma linda casa! Desculpa ao meu atrevimento mas como consegues viver sozinha nesta casa?
Diana veio na sua direcção e trazia consigo dois cálices de vinho, olhou nos olhos, mostrou um sorriso e esticando o braço para lhe passar um cálice, disse – Sabes, eu não moro sozinha, vive comigo o Batista, o Baltazar, a Francisca e a Andreia.
Referia-se ao Mordomo Batista, e a família Lourenço, esta família passava serias crises financeiras, além disso encontravam-se desempregados, o senhor Baltazar fazia umas coisas aqui e ali e assim tentavam governar suas vidas com o pouco que tinham. Diana sabendo muito bom o que é passar dificuldades financeiras dedicou-se a ajudar a família Lourenço, dando casa e emprego. A Francisca e o Baltazar eram para ela uns segundos pais, Andreia filha única do casal para Diana era uma irmã mais nova, ajudava-a nos estudos, queria que Andreia se formasse para mais tarde puder ajudar os pais. Francisca tratava das lidas da casa e quando Andreia não estava na escola ajudava-a, já o senhor Baltazar tratava do jardim.
- Sim sei, já me tinhas dito…parou um pouco e num tom mais sério disse - Não me referia a esse tipo de companhia.
Diana ficou sem palavras. De tal forma que levanto o copo de vinho a boca bebeu até a ultima gota. Diana não estava habituada a beber e já não era a primeira bebida da noite, mas pensou que, se calhar era aquilo que precisava para ganhar coragem e contar o porque de não ter ainda um companheiro.
Perdeu a conta de quantos copos de vinho já tinha bebido, sentia-se cada vez mais tonta, até que disse a si mesma que tinha chegado o momento de tentar se envolver com alguém sem medo, já estava na altura de ultrapassar os fantasmas do passado. Deste modo aproximou-se do Ângelo, tirou-lhe o cálice de vinho e colocou numa mesa, e foi aí que tudo ficou muito escuro.
Acordou com uma terrível dor de cabeça. Ao abrir os olhos, viu-se muito aflita pensou “meu Deus bebi de mais! onde estará o Ângelo?” a luz da lua era suavemente filtrada pelas cortinas. Estava descalça, mas vestia ainda o vestido preto da véspera, levantou-se ainda tonta procurou pelo Ângelo, foi até a sala e eis que, Ângelo encontrava-se estendido no sofá, adormecido, parou a observá-lo, estava tão descontraído, a camisa estava um pouco desabituada, dava para ver seu peito, Diana Aproximou-se e sentou-se na beira do sofá. As suas mãos ganharam vida própria e tocou-lhe, primeiro, no cabelo aloirado, depois descendo até ao rosto, na linha das sobrancelhas, na curva do pescoço. Os lábios dele estavam ali tão perto e Ângelo parecia de tal forma adormecido que Diana não resistiu a beijá-lo suavemente, mas eis que Ângelo acorda e corresponde aquele beijo. Por fim, abriu os olhos e ficou em silêncio a olhar para Diana, que se deitava ao seu lado.

Capitulo I

Ao chegar atrasada á sessão, Diana acaba por sentar-se no lugar errado da sala, mas o mais certo para encontrar a paixão.
Faltava poucos minutos para o inicio da sessão quando Diana comprou o bilhete. Com a pressa, não tomou muita atenção ao número da cadeira e pensou que um dos arrumadores havia de saber qual seria o seu lugar. Há semanas que queria ir ao cinema ver aquele filme, mas nunca tinha tempo para o fazer até aquele dia. Tratava-se de um romance. Uma mulher solteira que nunca se tinha apaixonado encontrou o amor da sua vida no teatro onde encontravam-se muitas pessoas.
Não tinha esperanças de que lhe acontecesse o mesmo, mas a história conquistara-a pelo secreto sonho de encontra, também ela, o homem da sua vida…
Quando chegou á porta da sala onde reproduziam o filme, Diana verificou que as luzes já estavam apagadas e, pior do que isso, não haviam arrumadores. É certo que há muito tempo que não vinha ao cinema, mas nunca pensou que as mudanças fossem tantas com a alteração dos cinemas para os centros comerciais. Tentando não incomodar ninguém, fui andando e tropeçando até lhe parecer ter encontrado a fila e o lugar certo.
Sentou-se, procurou uma posição cómoda e esperou que acabassem os anúncios que desfilavam no Ecrã. Passados alguns minutos, um homem aproximou-se:
- Desculpe…-disse baixinho
- Esta sentada no meu lugar.
Diana procurou confirmar o número do seu bilhete, mas tendo em conta que a sala encontrava-se escura era lhe impossível ver alguma coisa, então decidiu confiar neste homem. Afinal, era sempre tão distraída.
- Peço Desculpa! Mas por acaso não me saberá dizer onde é meu?
Quando o homem se preparava para ajudá-la a encontrar o lugar certo, as letras do genérico começaram a passar no ecrã. Ele, prático e cavalheiro, disse:
- Fazemos assim, fique a vontade que eu sento-me aqui ao lado, assim não perdemos o inicio do filme.
Ela agradeceu-lhe a gentileza e novamente pede desculpa, e assim lado a lado concentraram-se no filme que já estava a passar. Mesmo no meio da escuridão Diana conseguiu aperceber-se de que o homem era bonito, atraente, elegante com feições bem definidas…mas rapidamente tentou desviar da cabeça esses pensamentos e concentrar-se apenas no filme, onde a mulher se preparava para encontrar o seu amor. E se fosse assim também com ela?
Quando a sessão acabou, Diana chorava discretamente e pôde ver, pelo canto do olho, que o sei “vizinho” também disfarçava uma lágrima de comoção. Mas foi quando as luzes se acenderam que Diana se apercebeu que tinha estado sentada ao lado de um verdadeiro príncipe! O homem era deslumbrante e ela já não resistia aquele charme…
- Finalmente podemos olhar um para o outro sem ser no escuro - disse ele, interrompendo o silêncio – chamo-me Ângelo Montês – e estendeu-lhe a mão.
- Eu sou Diana D’ Oliveira – disse ela, tímida, mas já rendida aos encantos de Ângelo.
Depois de alguns segundos de silêncio, ele decidiu-se:
- Eu sei que isto vai parecer descabido, mas…e se a convidasse para tomar café comigo?
- Eu…aceitaria!
E assim Ângelo e Diana saíram juntos do cinema, ambos pensando na história a que tinham assistido e fingindo que não estavam a viver uma história tão semelhante. Nenhum dos dois queria acreditar, mas a verdade é que o destino os tinha feito cruzar na plateia daquele cinema, por algum motivo, e esse mesmo destino seria o responsável pelo desenvolvimento desta história.
O café acabou por transformar-se em jantar e após o jantar foram tomar um copo a um bar calmo, para conversarem mais um pouco. Depois de terem contado um ao outro a historia das suas vidas, Ângelo fez questão de levar Diana a casa, porque já era tarde, e assim aproveitavam para se conhecerem um pouco melhor.