Diana não teve uma vida muito fácil, tinha um pai alcoólico e muito violento, acabando por ter uma infância difícil e dolorosa, esta referência do seu passado não a deixava ser completamente feliz, trazia consigo as recordações, as mágoas, as feridas do passado que ainda estavam por sarar.
Sofria silenciosamente ao ver seu pai completamente embriagado bater em sua mãe, ela e seus irmãos nada podiam fazer para ajudar.
Luís, pai de Diana pouco ou nada ajudava em casa, quando recebia o ordenado metia-se nas tabernas e gastava-o todo, a família estava passando fortes dificuldades económica, e foi essa a causa da morte da Joana, mãe de Diana, ela deixava de se alimentar para poder alimentar seus filhos. Acabou por desaparecer mais tarde.
Na altura que Diana perdeu sua mãe tinha apenas sete anitos. Sua irmã mais velha, Ana Sofia tinha dez, a Carolina oito e o Rodrigo tinha apenas seis anos, quatro crianças que conheceram a dor de perder alguém querido muito sedo. Custa muito perder alguém e estas podres crianças perderam a pessoa que mais amavam no mundo.
Tudo começa quando a Sr.ª Joana deixa de se alimentar por falta de dinheiro, seu marido não ajudava-a a alimentar seus filhos, gastava todo o dinheiro no álcool. Deste modo, Joana viu-se a fazer alguns sacrifícios para seus filhos não passar fome, chegou ao ponto de pedir comida para matar a fome dos seus filhos. Passado algum tempo, ela teve que ir ao centro de saúde pois tinha muitas dores no corpo.
A Dr.ª Gabriela, pergunta-lhe o que se passava, porque está ali. De imediato, Joana disse que já alguns dias que não se vinha a sentir muito bem, e que estava cada vez pior. Entretanto a Dr.ª Gabriela com cara de caso perguntou o que ela sentia, Joana lá disse o que sentia, e sem á examinar a Dr.ª, mandou-a embora proferindo que não era nada preocupante, simplesmente sugerindo algum descanso.
Passado uma semana, Joana volta a ir em encontro da sua medica de família, a Dr.ª Gabriela, isto porque as dores que sentia, pioravam de dia para dia, e queria saber o que se passava, para a Dr.ª era apenas cansaço, disse á Joana para trabalhar menos porque aqueles sintomas seriam consequências de trabalhar muito, por outras palavras as dores eram a consequências dos seus actos. Até que, na manhã seguinte Ana Sofia, já muito nervosa telefona aos bombeiros, dizendo que sua mãe estava muito doente, que tinha muitas dores e nem conseguia levantar da cama.
Coitadas daquelas crianças tão pequenas, sozinhas em casa, sem saber o que fazer. Diana tem sempre em sua memória às últimas falas pronunciadas, pela sua mãe quando os bombeiros ali chegaram “aí meus Deus! Meus filhos vão ficar sozinhos neste mundo”.
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